As dúvidas e anseios enfrentados pelos gestores municipais de agricultura a respeito do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA e sua Implantação Prática é o tema do segundo painel do Seminário Estadual de Agricultura, que iniciou nesta quinta-feira (07) e foi retomado nesta sexta-feira (08), em Rio do Sul.
O assessor agropecuário da AMAVI coordenou a mesa de trabalhos, Edson Froza, explicou os benefícios que esta modalidade de inspeção possibilita aos municípios e aos agricultores com a adequação ao Sistema. Até então, as regras para comercialização de produtos de origem animal seguiam regras muito rígidas. Para comercializar um produto em um município, a agroindústria precisava cadastrá-lo na secretaria municipal. Se for em mais de um município, na estadual. Se for vender em todo o território nacional e no exterior, era necessário um SIF.
Depois de ter sido regulamentado em 2006 pelo Ministério da Agricultura, o SUASA permite que os produtores inspecionados por aqueles municípios regulamentados pelo Sistema possam comercializar seus produtos em todo o território nacional.
"Santa Catarina tem alguns municípios se adequaram tanto de forma individual como de forma consorciada e já possuem o certificado de "equivalência", que significa ter a equivalência da inspeção federal. No entanto, há muitos ainda em processo de implantação do SUASA e por isso os secretários possuem tantas dúvidas", explica Froza.
fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Michel Tavares Quinteiro Milcent Assis, falou das principais vantagens que o Sistema traz para consumidores, serviços de fiscalização e produtores. Ele ressalta que o maior compromisso é sempre com o consumidor. "Primeiramente o consumidor, depois também o produtor para garantir que pequenos também acessem mas a cima de tudo o consumidor. O Produtor é responsável pela saúde do consumidor", avalia.
Segundo o fiscal, entre as principais vantagens para o consumidor estão a garantia de inocuidade e qualidade dos produtos, além da possibilidade de ter acesso a produtos de diferentes regiões do país. Já para o produtor estão a qualidade e aumento da produção e a abertura de novos mercados. Para os municípios a grande vantagem é o retorno fiscal e o desenvolvimento da economia local e regional.
Participaram ainda do painel o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário de Santa Catarina, Jurandi Gugel e o secretario de agricultura do município de Chapecó e representante do COSASC, Valdir Crestani.