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Seminário em Jupiá discute manejo e conservação do solo e água

Agricultores, técnicos e lideranças, reuniram-se no auditório da Câmara Municipal de Vereadores de Jupiá, na tarde da quinta-feira, 13 de julho,  para participar do Seminário Municipal de Conservação do Solo e da Água. O evento foi uma parceria entre a Epagri e a Prefeitura Municipal.

A palestra proferida pelo Pesquisador do Centro de Pesquisa para a Agricultura Familiar – CEPAF, Leandro do Prado Wildner, trouxe o tema “Estratégias de Manejo para Conservação do Solo e da Água”. Leandro pontuou as práticas de manejo que promovem o equilíbrio entre a qualidade do solo e as necessidades das culturas agrícolas, enfatizando a necessidade da aplicação dos princípios conservacionistas para a redução da erosão e da compactação, com vistas a obter um maior armazenamento de água no solo, como o acúmulo de cobertura, o não revolvimento do solo e o terraceamento. “Não podemos dissociar a conservação da água da conservação do solo, recursos estes que constituem a base para a produção agrícola”, disse.

O secretário de Agricultura, Ivalino Pontel, acredita que o revolvimento  excessivo do solo através do uso exagerado da grade é o fator determinante para a degradação do solo. “Levar ao conhecimento do agricultor as consequências do manejo inadequado e a importância de  conservar para produzir melhor, com isso deixaremos um grande legado para o futuro da agricultura do município”, destacou o secretário. 

A segunda atividade do Seminário aconteceu na propriedade rural do agricultor Sadi Miorelli, onde foi implantada uma unidade demonstrativa com espécies de plantas recomendadas para cobertura do solo no período de outono/inverno. No local foi discutido as vantagens da utilização destas espécies contribuindo para a recuperação do solo através da atuação do sistema radicular, ciclagem e fornecimento de nutrientes, especialmente o nitrogênio no caso das leguminosas. Destacou-se a possibilidade da associação de espécies formando coquetéis com o intuito de aproveitar as características desejáveis das diferentes plantas. A unidade demonstrativa constitui-se de 10 parcelas cultivadas com nabo forrageiro, ervilhaca peluda, aveia preta e centeio, solteiros e a consorciação entre as espécies.

A extensionista rural da Epagri de Jupiá, Sonia Toigo, considera preocupante a maneira como o solo está sendo explorado, com cultivos sequencias de milho destinado para silagem, aveia e azevém sobrepastejados no inverno, resultando em baixíssima cobertura para o solo. Tal cenário converge para  a degradação do solo, sentido notadamente pela erosão e compactação.  “Com um bom planejamento é possível conciliar o cultivo comercial das culturas com espécies para cobertura de solo e obter os inúmeros benefícios que esta prática proporciona ao solo”.