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1º Seminário Catarinense de Comunicação Municipal reuniu cerca de 150 assessores de prefeituras e Câmaras de Vereadores

Na quarta e quinta-feira (12 e 13), a Federação dos Municípios de Santa Catarina – FECAM e o Colegiado Estadual de Comunicação dos Municípios de Santa Catarina – COLECOM promoveram o 1º Seminário Catarinense de Comunicação Municipal. O evento, que acontece no Auditório do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), em Florianópolis, é executado pela Escola de Gestão Municipal (Egem).

O seminário reuniu cerca de 150 profissionais da área de comunicação – jornalistas, relações públicas, publicitários e da área de marketing – que atuam nas Assessorias de Comunicação e Imprensa das Prefeituras e Câmaras de Vereadores.

Com uma programação intensa, o primeiro painel tratou da Administração Municipal e o Papel da Mídia, com a jornalista Carolina Bahia, repórter da RBS TV em Brasília, e o advogado e jornalista do Grupo RBS, Fábio Gadotti. A mediadora foi Sandra Domit, Secretária Executiva do Colecom e Assessora de Comunicação da Fecam.

Carolina Bahia começou falando sobre a relação dos municípios com a União. Que a criação do Ministério das Cidades acabou não cumprindo o seu papel inicial, que era o de facilitar a relação dos prefeitos com o Governo Federal. “Por mais que os prefeitos, quando vão a Brasília, possam ir ao Ministério das Cidades, não conseguem resolver todos os seus problemas lá. E a viagem vira uma excursão por Ministérios”.

Fala ainda que, por parte da assessoria, é preciso saber abordar temas negativos, como o de Resíduos Sólidos, que não está conseguindo acabar com os lixões dos municípios. Mas como fazer com que a população entenda o que está acontecendo em Brasília, que faz com que os recursos não cheguem às cidades? A culpa é do prefeito? É do Governo Federal? São questões que precisam ficar claras, não só para a mídia que vai receber o material, mas principalmente para o cidadão, que é o alvo final.

Fábio Gadotti falou sobre a relação dos administradores com os cidadãos. Ele diz que no Brasil há uma cultura de que os órgãos públicos não precisam prestar contas à sociedade, o que não é real. As assessorias precisam estar atentas a isso também, ser transparentes. “Os dados orçamentários precisam ser públicos. E não podemos pensar apenas nas pessoas que tem acesso fácil a internet, todos, sem exceção precisam receber essas informações”, afirma.

Diz também que o assessor precisa ter liberdade para falar com o prefeito e poder dar ideias, e que precisa haver respeito mútuo entre governo, assessores e mídia: “Não podemos esquecer que assessores e mídia são parceiros, ou deveriam ser. Há muitos jornalistas arrogantes que estão sempre querendo falar mal do administrador, assim como prefeitos que só querem falar com o jornal de maior importância, diminuindo os outros”.

Ele diz que é importante que o jornal denuncie problemas na gestão, mas que se algo de bom acontece isso também deve ser noticiado, o que na maioria das vezes não acontece.

Ao final de suas apresentações o espaço foi aberto para perguntas dos participantes que fizeram questionamentos a cerca de redes sociais e crise do jornalismo impresso.

O Seminário teve o apoio do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), das Associações de Municípios de Santa Catarina, da Associação Catarinense de Imprensa (ACI), da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio (Acaert), do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (Conrerp), da Associação dos Jornais do Interior (Adjori-SC), da Associação dos Diários do Interior (ADI), do Sindicato dos Publicitários, Agenciadores e Trabalhadores em Empresas de Propaganda do Estado de Santa Catarina (Sinpatep) e do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC).